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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


RETORNO
DEPOIS de duas semanas de muito samba, suor e cerveja, retorno do Carnaval do Rio de Janeiro. Prometo me estender sobre o assunto no decorrer da semana neste blog e especialmente na edição de domingo em nosso Caderno Conceito. Mas o que pude captar do assunto dos bastidores da maior festa popular do planeta, vou soltando como confetes, ok???

EU QUERO TCHU

O CARNAVAL também serve para divulgar o que não presta, e fica grudado no inconsciente popular. Preparem os ouvidos - “Eu quero tchu, eu quero tcha” é o “Ai se eu te pego” da vez. “Eu quero tchu, eu quero tcha, eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha” foi o refrão do Carnaval e ainda promete grudar nos ouvidos brasileiros durante um bom tempo. Aliás, se depender de João Lucas & Marcelo, o mundo inteiro: os sertanejos pensam até em gravar os famosos versos em inglês e italiano. 
Te cuida Michel Teló!!!




FIM DE FESTA

RESISTINDO bravamente, ainda tive fôlego para no domingo depois do desfile das Campeãs, me aventurar na multidão formada pelo Monobloco, encerrando a festa na Avenida Rio Branco. Arrasando muita gente bonita o Monobloco desfilou homenageando os cantores Wando (falecido recentemente) e Caetano Veloso. A animação dos foliões foi o ponto alto do desfile. Foram três horas e meia sob sol forte.
Já era noite quando eu e o Dr. Ozeas Froz encontramos a eterna Musa da Mocidade de Padre Miguel, Beth Andrade

DEPOIS DO BOI
DEPOIS do Boi do Maranhão, a Beija-Flor já anunciou o enredo para o seu Carnaval de 2013. A Escola de Nilópolis pretende chegar na Sapucaí a Cavalo. Com a inusitada escolha do enredo sobre a raça Mangalarga Marchador para o ano que vem, patrocinado pela Associação Brasileira de Criadores da Raça, a Agremiação causou estranheza em parte do público.


A VEZ DO CAVALO
NO DESFILE das Campeãs, esse era o principal assunto: como a maior campeã dos últimos tempos aceitou um tema que tem tão pouco a ver com o Carnaval? Para muitos, o motivo era claro: com a saída de Anísio Abraão da Beija-Flor, a necessidade de patrocínio se torna cada vez maior, e a Escola pegou a primeira chance que apareceu. Para conhecedores do samba, no entanto, uma boa abordagem pode tornar qualquer tema “carnavalizável”, e a novidade pode ser um trunfo. Vamos aguardar.

DE QUEM É A CULPA


Segundo o comentário geral, de “bicho-papão” a “coadjuvante”, a Beija-Flor ficou apenas em 4° lugar. O que provocou no todo poderoso Laíla, Diretor da Comissão de Carnaval da Escola de Nilópolis um estranho desabafo público na imprensa carioca. Minutos antes do inicio da apuração, ele não poupou a Escola de críticas: “Vou conversar com a diretoria e a presidência. Não dá para continuar fazendo Carnaval como foi este ano, com o dinheiro chegando somente a 3 meses do Carnaval”.
Outra declaração que também surpreendeu, sobretudo os maranhenses, foi a dada pelo puxador da Escola Neguinho da Beija-Flor: “O enredo em homenagem a São Luís, capital do Maranhão, contribuiu para as notas baixas no quesito. Nada contra o Maranhão, mas quando se mistura samba com política, ninguém gosta”. Agora durma com um barulho desses.
Por sua vez, Roseana Sarney manteve sua palavra e esteve prestigiando em todos os momentos a participação da Beija-Flor na Sapucaí Escola cujo enredo foram os 400 Anos de São Luís, capital do Maranhão, Estado do qual é Governadora e que investiu alguns milhões para o desfile. Apesar de a azul e branco não ter sido a vencedora do Carnaval do Rio de 2012, Roseana – que já assistira ao primeiro dia do desfile – aproveitou o camarote com amigos, como Leleco Barbosa e Alcione. E não estava queixosa com o resultado do desfile. Afinal, promessa é dívida. O que não aconteceu do outro lado da negociação. O desenvolvimento do enredo sobre os 400 Anos de São Luís deixou muito a desejar com relação a sua pesquisa histórica. Mas como tudo é Carnaval, no próximo ano tem mais!!!





Desembargadora Letícia Sardas, cantora Alcione, empresário Leleco Barbosa e a Governadora Roseana Sarney

Mangalarga marchador

Para ajudar os pesquisadores da Beija-Flor corri para o Wikipédia em busca de informação sobre este animal que vai virar samba enredo do Carnaval de 2013. Confesso que eu também não manjava nada da vida equina do país.


Mangalarga Paulista
O mangalarga marchador é uma raça de cavalos cuja origem remonta à coudelaria Alter-Real, que chegou ao Brasil por meio de nobres da Côrte portuguesa e, após, cruzada com cavalos de lida, em sua maioria advindos da raças ibéricas (bérberes), que aqui chegaram na época da Colonização do Brasil.

Segundo a tradição, em 1812, Gabriel Francisco Junqueira (o barão de Alfenas) ganhou de D. João VI, um garanhão da raça Alter-Real e iniciou sua criação de cavalos cruzando este garanhão com as éguas comuns da Fazenda Campo Alegre, situada no Sul de Minas onde hoje é o município de Cruzília. Como resultado desse cruzamento, surgiu um novo tipo de cavalo que acreditamos foi denominado Sublime pelo seu andar macio.
Esses cavalos cômodos chamaram muito a atenção, e logo o proprietário da Fazenda Mangalarga trouxe alguns exemplares de Sublimes para seu uso em Paty do Alferes, próximo à Corte no Rio de Janeiro. Rapidamente tiveram suas qualidades notadas na sede do Império - principalmente o porte e o andamento - e foram apelidados de cavalos Mangalarga numa alusão à fazenda de onde vinham.

Em 1934 foi fundada a ABCCRM, Associação Brasileira de Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga. Anteriormente, houve uma notável migração de parte da família Junqueira para São Paulo. Chegando em novo solo, com topografia diferente, cultura diferente, onde a caçada ao veado era diferente, os cavalos tiveram que se adaptar a uma nova topografia e necessidades tendo a necessidade de um cavalo de melhor galope mais resistente por isto foi mais valorizado a marcha trotada que tem apoios bipedal de dois tempos com tempo mínimo de suspensão que cumpria as novas exigências do animal sem perder a comodidade, pois os animais de tríplice apoio apesar de serem mais cômodos não conseguiam acompanhar o ritmo alucinante das caçadas e a lida com gado em campo aberto que eram as duas maiores funcionalidades do cavalo Mangalarga no estado de São Paulo. Tanto o Mangalarga Marchador como o Mangalarga ou Mangalarga Paulista, são duas raças genuinamente brasileiras. As duas foram desenvolvidas em Cruzília - MG.


Devido à inevitável diferença que estava surgindo entre os criadores de Mangalarga de São Paulo e de Minas, foi fundada em 1949 uma nova Associação, a ABCCMM. Esta Associação teve origem a partir de uma dissidência de criadores que não concordavam com os preceitos estabelecidos pela ABCCRM e teve como objetivo principal a manutenção da Marcha Tríplice Apoiada.
O tempo passou e a ABCCMM é hoje a maior associação de equinos da América Latina, com mais de 250.000 animais registrados e mais de 20.000 sócios registrados, com cerca de três mil ativos. Durante o período de meados de 70 ao final da década de 1990 o Marchador teve uma ascensão astronômica no segmento da equinocultura, batendo recordes de animais expostos, registrados, e de preços em leilões oficiais.

Bom Carnaval em 2013.