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quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Moda sempre representou os caprichos de cada povo

A túnica e o manto Greco-romanos se aguentaram por muito tempo, chegando a marcar com o requinte de seus adornos a diferença entre as classes

Principalmente na Idade Média, quando e adotaram as calças justas nas pernas e nos quadris – os jibões e jaquetas – nunca houve tanta riqueza e tanta pobreza. Enquanto hoje coletividades inteiras aderem a novos padrões lançados por especialistas internacionais, naquele tempo as imensas fortunas de classes pequenas é que marcavam a diferença entre a imensa pobreza de um grupo enorme de gente sem privilégios.
Da metade do século XVI até o seu fim, as roupas femininas ficaram cada vez mais volumosas e o “ruff”, acessório utilizado em volta do pescoço, ganhou mais destaque.


Debaixo da vestimenta, era utilizada a chemise, com o objetivo de proteger a pele do corpete e a roupa do suor. A linha da cintura era localizada no centro do corpo e utilizavam-se os corpetes e as farthingales (armação de metal para saias).
 
Da simplicidade grega, do fausto romano, homens e mulheres passaram a gastar fortunas na elaboração de caríssimas e requintadíssimas roupagens, sapatos e chapéus. Como eram exagerados os nossos antepassados do século XVI e XVII.

São fenômenos recentes. Com toda certeza cada inovação surgida naquele tempo nada mais era do que a deliberada extroversão de um grã-fino, que com a ajuda de seu alfaiate bolava uma novidade que o fizesse sobressair.

PENSE NO QUE SERIA...

O carequíssimo Louis XIV, exigindo de seu peruqueiro qualquer coisa para deixar a sua exigente Côrte de queixo caído

Luís XIV, o Rei-Sol tinha cerca de 1, 60 m de altura e foi o primeiro grande ícone de moda do século XVII. Através dele a França tornou-se o grande cenário ditador da moda.

Ou o Belo Brummel encomendando ao seu gravateiro uma Gravata que enrolasse mais alto e mais vezes em seu belo pescoço, para lhe acentuar ainda mais o ar de superioridade. O homem enrola e amarra pedaços de pano ao redor do pescoço há centenas de anos, mas a Gravata, na forma fina e comprida com que a conhecemos hoje, só foi popularizada no século XX. Usada de diversas formas, tamanhos e cores, ela sempre simbolizou o poder masculino e representa, ainda hoje, respeito e formalidade.


Curiosidades

  • Segundo Miti Shitara, professora de História da Moda da Faculdade Santa Marcelina, há registros de uso de lenços no pescoço por soldados chineses, no século III A.C. e também entre o Exército da Roma Antiga, como sudário. "O lenço protegia não só do calor, mas também servia para estancar sangue e limpar a boca, por exemplo."
  • No Ocidente, a história mais conhecida sobre a origem da Gravata data de 1618, quando um regimento croata passou por Paris durante a Guerra dos Trinta Anos usando um lenço no pescoço. Segundo Shitara, o adereço usado com renda e depois chamado de 'Cravate' (derivado da palavra 'Croata'), virou moda na França, e passou a ser usado pela nobreza e pela realeza - Luis XIV foi um dos adeptos do novo estilo.
      
Ou da Demimondaine que deu ideia à sua costureira de diminuir-lhe o peso das anáguas, aumentar-lhe a roda das saias, apertar-lhe mais a cintura, dando-lhe ainda mais o jeitinho de garota difícil.

Na atualidade


A história dos tassels vem lá dos séculos XVI e XVII, quando a arte de confecciona-los era conhecida como passementerie, na França. Esse detalhe luxuoso era usado como símbolo de nobreza, status e luxo, e agora reaparece como um acessório de moda, repaginado, mas carregando o mesmo significado de diferenciação e elegância.
Bolsas e sapatos com tassels, ou barbicachos, surgiram tanto com pegada luxuosa quanto com cara de handmade no estilo folk, misturando cores terrosas, materiais naturais e trabalhos manuais.