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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A CRIANÇA QUE SOMOS



Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade, há uma deliciosa criatura chamada Criança. Embora se apresentem em tamanho, pesos e cores sortidos, todas as Crianças tem o mesmo credo: aproveitar cada minuto de todas as horas de todos os dias e protestar ruidosamente (pois o barulho é sua única arma) quando seu último minuto é decretado e os adultos os empacotam e os colocam na cama. Crianças são encontradas em toda parte: em cima de, embaixo de, dentro de, subindo em, balançando-se no, correndo em volta de, pulando para... As Mães as adoram, irmãos e irmãs mais velhos as amam, adultos as curtem, o céu as protege. Uma Criança é a verdade com o rosto sujo, a beleza com um corte no dedo, a sabedoria com um chiclete no cabelo, a esperança do futuro com uma rã no bolso. Queira ou não, Ela é seu captor, seu dono, seu patrão, um nanico, um saco de encrencas. Mas, quando, à noite você chega a casa com suas esperanças e seus sonhos reduzidos a pedaços, Ela possui a magia de soldá-los num segundo, pronunciando duas simples palavras: "alô papai, alô mamãe, alô vovó, alô titia, alô dinda"... No registro fotográfico, as duas crianças da minha casa: Maria Elza e D. Elza Coimbra.