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sexta-feira, 8 de junho de 2012



RENDAS E BORDADOS, ARTES GENTIS

Embora tecnicamente diferentes na maneira de executar, ambos são completamente indispensáveis, e sempre foram, para decorar e dar beleza e luxo ao vestuário. E ambos são confeccionados com os mesmo materiais: fios de seda, lã, linho, algodão, e até ouro ou prata, pérolas, fibras naturais, fibra ótica, etc. 
 
O bordado foi praticado desde os Egípcios, Sumérios, Assírios, Babilônios, Persas, Fenícios, Cretenses e Judeus. Os Romanos pouco o usaram. Foi na Idade Média e na Renascença que os bordados suntuosos surgiram, tomando grande intensidade até o século XIX, quando foram derrubados por processos mecânicos.
De início, o uso das rendas restringia-se aos mantos do clero e da realeza, geralmente sob a forma de passamanaria dourada ou prateada.

Nos séculos XVIII e XIX a Renda era usada por Reis e Rainhas como manto ,sempre nos mesmos tons de prata e dourado , porém , no final do século XIX começou a exploração sendo a renda usada em adornos de cabeça, aventais , barras de vestidos , véus , casaquinhos e mas um milhão de outras peças..

As rendas que mais se celebrizaram no mundo da moda, como não podia deixar de ser, foram as francesas: quem não ouviu falar no ponto de Alençon, e dos seguidores e aperfeiçoadores do ponto de Veneza? A valenciana, a chantili, a guipure? Cada uma delas mantendo posição até hoje, pela sua beleza e estilo.
 
Hoje em dia em pleno Século XXI a Moda continua explorando e fazendo dela um outro tipo de arte, já que uma vez ela é fácil de brincar com seus desenhos e combinando pode-se fazer tudo que quiser ...
Dicas: A renda geralmente é sobreposta a outro tecido então quando for escolher lembre-se que sempre um seja neutro e o outro não, essa combinação fica um luxo!


VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA: Renda

A Renda de Bilro com larga produção no município da Raposa abastece o mercado de moda local e tornou-se o grande fornecedor para os estilistas maranhenses que utilizam desta obra de arte em suas criações. Um bom exemplo são os modelos deslumbrantes encontrados na Casa do Criador... Chico Coimbra. Os modelos mais desejados por 9 entre 10 fashionistas são os produzidos a partir da Renda de Bilros e a de Agulha. A primeira é executada por meio do manuseio de inúmeros fios, cada um atado a um bilro; ela é normalmente manipulada com o apoio de uma almofada. Outro modelo bastante popular no Nordeste de nosso pais é a Renda Renascença, feita à mão com agulha, linha e lacê de algodão.

Por Chico Coimbra
Renda de Bilro e Macramê de Fibra de Biriti
Rechiliê e Crochê
Foi Catarina de Médici que introduziu o uso da renda na corte francesa. Isso causou um consumo exagerado e desenfreado, o que fez com que os cofres franceses fossem praticamente esvaziados devido aos custos de importação. Foi promulgado um decreto pelo rei da França, que proibia o uso da renda, tamanho foi o caos.
No entanto, descobriu-se que para melhor produzir do que importar o produto. Foi Colbert, ministro de Luiz XIV, que teve a brilhante ideia e em 1665 fundou em Alençon, as “Manufaturas reais o ponto de França” -tocadas pelas mãos de 30 rendeiras de Veneza e 200 de Flandes.
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No Brasil a renda de bilros foi trazida pelos portugueses e durante muito tempo foi a ocupação de freiras nos conventos. Elas teciam alfaias para os altares das Igrejas. Tanto no Brasil como em Portugal, atualmente a Renda de Bilro é feita por mulheres de pescadores em geral. Esse fator é associado à chegada das Rendas pelos litorais.