RENDAS
E BORDADOS, ARTES GENTIS
Embora tecnicamente diferentes na maneira de
executar, ambos são completamente indispensáveis, e sempre foram, para decorar
e dar beleza e luxo ao vestuário. E ambos são confeccionados com os mesmo
materiais: fios de seda, lã, linho, algodão, e até ouro ou prata, pérolas, fibras naturais, fibra ótica, etc.
O
bordado foi praticado desde os Egípcios, Sumérios,
Assírios, Babilônios, Persas, Fenícios, Cretenses e Judeus. Os Romanos pouco o usaram. Foi na Idade
Média e na Renascença que os bordados suntuosos surgiram, tomando grande
intensidade até o século XIX, quando foram derrubados por processos mecânicos.
De início, o uso das
rendas restringia-se aos mantos do clero e da realeza, geralmente sob a forma
de passamanaria dourada ou prateada.
Nos séculos XVIII e XIX a Renda era usada por Reis e Rainhas como manto ,sempre
nos mesmos tons de prata e dourado , porém , no final do século XIX começou a
exploração sendo a renda usada em adornos de cabeça, aventais , barras de
vestidos , véus , casaquinhos e mas um milhão de outras peças..
As rendas que mais se celebrizaram no mundo da moda, como não podia deixar de
ser, foram as francesas: quem não ouviu falar no ponto de Alençon, e dos
seguidores e aperfeiçoadores do ponto de Veneza? A valenciana, a chantili, a
guipure? Cada uma delas mantendo posição até hoje, pela sua beleza e estilo.
Hoje em
dia em pleno Século XXI a Moda continua explorando e fazendo dela um outro tipo
de arte, já que uma vez ela é fácil de brincar com seus desenhos e combinando
pode-se fazer tudo que quiser ...
Dicas: A
renda geralmente é sobreposta a outro tecido então quando for escolher
lembre-se que sempre um seja neutro e o outro não, essa combinação fica um luxo!
VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA: Renda
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Por Chico Coimbra
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Renda de Bilro e Macramê de Fibra de Biriti |
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Rechiliê e Crochê |
Foi
Catarina de Médici que introduziu o uso da renda na corte francesa. Isso causou
um consumo exagerado e desenfreado, o que fez com que os cofres franceses
fossem praticamente esvaziados devido aos custos de importação. Foi promulgado
um decreto pelo rei da França, que proibia o uso da renda, tamanho foi o caos.
No
entanto, descobriu-se que para melhor produzir do que importar o produto. Foi
Colbert, ministro de Luiz XIV, que teve a brilhante ideia e em 1665 fundou em
Alençon, as “Manufaturas reais o ponto de França” -tocadas pelas mãos de 30
rendeiras de Veneza e 200 de Flandes.
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No
Brasil a renda de bilros foi trazida pelos portugueses e durante muito tempo
foi a ocupação de freiras nos conventos. Elas teciam alfaias para os altares
das Igrejas. Tanto
no Brasil como em Portugal, atualmente a Renda de Bilro é feita por mulheres de
pescadores em geral. Esse fator é associado à chegada das Rendas pelos
litorais.