Não sei dizer se a vida nos
cansa ou se nós é que nos sentimos fadigados às vezes da existência. Nos
repetimos sempre. Ou quase. E nos lamentamos desse dia-a-dia onde nos
levantamos, trabalhamos, regressamos e descansamos para no dia seguinte
recomeçarmos.
Mas é essa a vida e muitos
não aceitariam mudança nenhuma se a oportunidade lhes fosse oferta. Ter que
recomeçar alguma coisa abala muita gente, pois mesmo a vida corriqueira e
imutável causa segurança. Conhece-se os caminhos, os atalhos, os desvios, as
curvas a serem evitadas.
A consciência de ter que
recomeçar é que nos faz sofrer, duvidar, temer. Medimos nossa capacidade e com
bastante frequência... nossa incapacidade! Se não medirmos nada, avançaremos
como as crianças avançam nos primeiros passos, titubeantes, mas orgulhosos.
A mente humana é um poderoso
instrumento. Ela condiciona, impõe, impede, impele, comanda... mas nem sempre
no bom sentido. Ela sente, ressente, guarda as impressões e as marcas que a
vida vai fazendo ao longo dos anos. E se pensamos em recomeçar alguma coisa,
ela acende a luz vermelha em sinal de atenção. Assim é que muitos se paralisam
e não fazem nada. Acomodam-se.
Porém, a vida nos impõe
recomeços a cada instante e os seguimos com naturalidade, fazemos nossa parte.
Somos condicionados e nem nos questionamos.
Me pergunto então por que
não nos condicionamos a viver coisas novas, experimentar nem que seja por uma
vez ousar. Se for nossa mente que nos comanda e que somos donos de nós, por que
não pegarmos as rédeas, o comando?
A vida desabrocha por todos
os cantos e precisamos vivê-la. Mas bem vivê-la. Deus nos criou para sermos
felizes, não para passarmos os dias perdidos em lamentos sem tomar atitudes.
Avança!
Recomeçar é preciso quando o
que temos já não nos satisfaz. E recomeçar é sempre possível quando colocamos
de lado as dúvidas, pois perdedor na vida não é quem tentou e não conseguiu,
mas sim aquele que abandonou a coragem e perdeu a fé.
Letícia Thompson
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