Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade,
há uma deliciosa criatura chamada Criança. Embora se apresentem em tamanho,
pesos e cores sortidos, todas as Crianças tem o mesmo credo: aproveitar cada
minuto de todas as horas de todos os dias e protestar ruidosamente (pois o
barulho é sua única arma) quando seu último minuto é decretado e os adultos os
empacotam e os colocam na cama. Crianças são encontradas em toda parte: em cima
de, embaixo de, dentro de, subindo em, balançando-se no, correndo em volta de,
pulando para... As Mães as adoram, irmãos e irmãs mais velhos as amam, adultos
as curtem, o céu as protege. Uma Criança é a verdade com o rosto sujo, a beleza
com um corte no dedo, a sabedoria com um chiclete no cabelo, a esperança do
futuro com uma rã no bolso. Queira ou não, Ela é seu captor, seu dono, seu
patrão, um nanico, um saco de encrencas. Mas, quando, à noite você chega a casa
com suas esperanças e seus sonhos reduzidos a pedaços, Ela possui a magia de
soldá-los num segundo, pronunciando duas simples palavras: "alô papai, alô
mamãe, alô vovó, alô titia, alô dinda"... No registro fotográfico, as duas
crianças da minha casa: Maria Elza e D. Elza Coimbra.
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