A túnica e o manto Greco-romanos se aguentaram por muito tempo, chegando a marcar com o requinte de seus adornos a diferença entre as classes
Principalmente
na Idade Média, quando e adotaram as calças justas nas pernas e nos quadris –
os jibões e jaquetas – nunca houve tanta riqueza e tanta pobreza. Enquanto hoje
coletividades inteiras aderem a novos padrões lançados por especialistas
internacionais, naquele tempo as imensas fortunas de classes pequenas é que
marcavam a diferença entre a imensa pobreza de um grupo enorme de gente sem
privilégios.
Da metade do século XVI até o seu fim, as roupas femininas ficaram cada
vez mais volumosas e o “ruff”, acessório utilizado em volta do pescoço,
ganhou mais destaque.
Debaixo
da vestimenta, era utilizada a chemise, com o objetivo de proteger
a pele do corpete e a roupa do suor. A linha da cintura era localizada no
centro do corpo e utilizavam-se os corpetes e as farthingales (armação
de metal para saias).
Da
simplicidade grega, do fausto romano, homens e mulheres passaram a gastar
fortunas na elaboração de caríssimas e requintadíssimas roupagens, sapatos e
chapéus. Como eram exagerados os nossos antepassados do século XVI e XVII.
São fenômenos recentes. Com toda certeza cada inovação surgida naquele
tempo nada mais era do que a deliberada extroversão de um grã-fino, que com a
ajuda de seu alfaiate bolava uma novidade que o fizesse sobressair.
PENSE NO QUE SERIA...
O carequíssimo Louis XIV, exigindo de seu
peruqueiro qualquer coisa para deixar a sua exigente Côrte de queixo caído
Luís XIV,
o Rei-Sol tinha cerca de 1, 60 m de altura e foi o
primeiro grande ícone de moda do século XVII. Através
dele a França tornou-se o grande cenário ditador da moda.
Ou
o Belo Brummel encomendando ao seu gravateiro
uma Gravata que enrolasse mais alto e mais vezes em seu belo pescoço, para lhe
acentuar ainda mais o ar de superioridade. O homem enrola e amarra pedaços de
pano ao redor do pescoço há centenas de anos, mas a Gravata, na
forma fina e comprida com que a conhecemos hoje, só foi popularizada
no século XX. Usada de
diversas formas, tamanhos e cores, ela sempre simbolizou o poder masculino e
representa, ainda hoje, respeito e formalidade.
Curiosidades
- Segundo Miti Shitara, professora de História da Moda da Faculdade Santa Marcelina, há registros de uso de lenços no pescoço por soldados chineses, no século III A.C. e também entre o Exército da Roma Antiga, como sudário. "O lenço protegia não só do calor, mas também servia para estancar sangue e limpar a boca, por exemplo."
-
No Ocidente, a história mais conhecida
sobre a origem da Gravata data de 1618, quando um regimento
croata passou por Paris durante a Guerra dos Trinta Anos usando um lenço no
pescoço. Segundo Shitara, o adereço usado com renda e depois chamado de 'Cravate'
(derivado da palavra 'Croata'), virou moda na França, e passou a ser usado pela
nobreza e pela realeza - Luis XIV foi um dos adeptos do novo estilo.
Ou
da Demimondaine que deu ideia à sua costureira de diminuir-lhe o peso das anáguas,
aumentar-lhe a roda das saias, apertar-lhe mais a cintura, dando-lhe ainda mais
o jeitinho de garota difícil.
Na atualidade
A
história dos tassels vem lá dos séculos XVI e XVII, quando a arte de
confecciona-los era conhecida como passementerie, na França. Esse
detalhe luxuoso era usado como símbolo de nobreza, status e luxo, e agora
reaparece como um acessório de moda, repaginado, mas carregando o mesmo
significado de diferenciação e elegância.
Bolsas e
sapatos com tassels, ou barbicachos, surgiram tanto com pegada luxuosa
quanto com cara de handmade no estilo folk, misturando cores
terrosas, materiais naturais e trabalhos manuais.
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