BREVE HISTÓRICO
Moda,
s. f. (do latim “modus”, maneira, modo). A moda é compromisso de duas
tendências – aquela de nos igualarmos aos nossos semelhantes e a de afirmar a
nossa individualidade. É, mas essa luta de tendências vem de longe. Em tempos
muito idos já Etienne Pavillon, em seus “Conselhos a uma jovem “demoiselle”,
disse: La Mode est um tyran dont rien ne nous délivre”.
Mas
vamos a ela. Para os estudiosos, adornar e vestir é a mesma coisa. E para a
maioria, a necessidade de se cobrir o corpo é uma arte em que, no adornar e no
vestir existe uma grande diferença.
Bem, deixando pra lá a já comentadíssima folha de parreira, bem que as mulheres de tempos bem passados usaram um bocado de imaginação para inventar – porque só podem ter sido elas – as primeiras tatuagens. O que vem reforçar nosso palpite de que a arte de adornar o corpo precedeu o senso prático que deu origem ao uso de vestes para cobri-lo e protegê-lo contra os elementos da Natureza (a vida nas primitivas cavernas, a luta para sobreviver, não devia ser brincadeira!). Por conseguinte, levando avante essa ideia, preferimos concordar com Westermack: “O vestuário, quando não tem por fim resguardar do clima, deve sua origem, pelo menos na grande maioria dos casos, ao desejo de os homens e mulheres se tornarem mutuamente atraentes”.
Assim,
enquanto os homens primitivos davam duro para suprir as necessidades da
família, as mulheres mostravam suas habilidades, transformando peles de ovelha,
cabras e outros bichos em roupas que, além de agasalhar, viessem acentuar,
antes que ocultar, a diferença entre Elas e Eles (quem foi que disse que um
corpo parcialmente coberto torna-se bem mais provocante do que o totalmente
despido?). Não é fascinante imaginar se quanta luta, quanta dificuldade, quanta
força de vontade, quanto espírito inventivo, era necessário ao homem, sem
nenhum dos recuros que dispomos hoje, para sobreviver naquele tempo?
E,
mesmo assim, os Museus estão cheios de adornos, em seus mais remotos estágios,
descobertos por arqueólogos – manufaturados com conchas, pedras polidas e
modeladas, ossos, dentes de animais, brincos, pulseiras, colares, enfeites para
tornozelo e pernas, aneis, guirlandas, etc. Nisto, dizem, entrou também uma
grande dose de superstição, pois a muitos dos objetos usados pelo homem
primitivo eram atribuídas qualidades benéficas e protetoras, quando não de
transmitir, a quem usasse, características do objeto de origem.
Mostra no Museu Nacional de Arte da Catalunha, em Barcelona, destaca
joias produzidas por alguns dos mais conhecidos gênios da arte moderna.
A Exposição Jóias de Artista - do Modernismo à Vanguarda com 340
objetos, entre relógios, broches, pulseiras, medalhas e pingentes de valor
incalculável, feitos por artistas como Salvador Dalí, Pablo Picasso, Auguste
Rodin, George Braque, Marx Ernst e Man Ray, entre outros.
Assim,
a superstição representou grande papel na história da joalheria, embora
preferimos acreditar que sempre haja existido um admirável senso estético inato
no homem, impelindo-o a procurar sempre uma maneira de sobressair, de se
diferenciar dos outros.
Uau!!! Arrasou no post.
ResponderExcluirAdoramos!!
Precisamos de mais informação na blogosfera.Afinal, nem só de look do dia vive um blog:)
Beijos :)
Flá e Thá.
Tô as ordens
ResponderExcluirTem hora que baixa o mestre pesquisador,e dá nisso.