ESTOU NA MODA, LOGO EXISTO
Em nome de se estar na Moda, na verdade, é
possível dizer que já se viu de tudo
De novo em tempos de guerra os Anos 40 se
destacam pela simplicidade e praticidade na moda. Muitos dos materiais usados
escassearam e a Moda manteve um padrão muito inexpressivo nos primeiros anos da
Década de 40 devido ao caos que assolava o mundo. As mulheres mantiveram um
estilo mais sóbrio com modelos com ares militares
Os cabelos
continuaram crescendo, com cortes retos dando apego aos grampos que os prendiam
no alto para dar mais jovialidade ao look masculino e
feminino. Um dos grandes estilistas dessa época foi o inglês Charles
James (1906-1978).
Charles James foi um estilista nascido em 18 de julho de 1906, em
Sandhurst na Inglaterra. Quando jovem, estudou na Universidade de
Bordeaux. Em 1926, abriu sua primeira chapelaria, a Charles Boucheron.
Em 1928, ele se mudou para Nova York onde começou a desenhar vestidos e
chegando a apresentar sua primeira coleção no mesmo ano. Ele também
criava tecidos para indústria têxtil Colcombet
No
fim dos anos 50, o chamado vestido-saco, que as passarelas da alta-costura
tratavam com pompa e circunstância, transformou-se em uniforme – disforme – do
dia-a-dia. Gordinhas e magrinhas igualavam-se na mesma falta de linhas
definidas.
FATOS - Moda: Vestido estilo "Balão" e
"Saco" dos Anos 50 Hoje
essas roupas femininas podem até parecer meio esquisitas. Mas eram trajes
usados em 1958 e que conferiam
distinção à mulher. Vestido apropriado para coquetéis e festas
elegantes. A saia é da linha "Balão", com partes laterais franzidas e
barrado liso e armado.
Em
1955, criou o vestido-túnica e, em 1956, subiu as barras dos vestidos e casacos
na frente, deixando-as mais compridas atrás, além do primeiro Vestido-Saco. Em
1957, apresentou o Vestido-Camisa. A linha “Império” foi criada em 1959 e veio
com a cintura alta para os vestidos e os mantôs em forma de quimonos.
Nos Anos 60, o troféu de estar na moda a qualquer custo coube aos homens, que
aderiram entusiasmados aos termos amarelo-mostarda, camisas verde-limão e
gravatas do tamanho de um babador que misturavam essas duas cores e mais todas
as outras do arco-íris.
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Pierre Cardin |
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Paco Rabanne |
Em 1960 a Moda
sofreu uma grande transformação influenciada pela nova geração, a chamada de
baby boomers, ou os jovens do pós-guerra. Várias propostas surgiram e a Moda
única passou a ser coisa do passado. Estilistas como André Courrège, Paco
Rabanne, Yves Saint Laurent ditavam a moda. Visões futuristas como as moon
girls de Courrège, o tubinho minimalista de YSL e o psicodelismo de Pucci
faziam sucesso nas passarelas e nas ruas. O geométrico, o sintético e o
colorido estavam em todos os lugares. Paco Rabanne introduziu o alumínio em
suas criações que eram vestidos - obras de arte.
Os Anos 70 pertenceram aos colares de lycra e às sandálias de plataforma, que
disfarçaram a pouca altura de Carmem Miranda e que em seu revival andaram quebrando pés e distendendo ligamentos do tornozelo
de muitas de suas desavisadas adeptas.
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Tropicália Anos 70 Identidade
Brasileira na Moda.
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Abalou... Pavorou... Aconteceu |
A Década de 80, não há dúvida, levou a assinatura dos japoneses e seus panos sem
formas, lindos e etéreos nos originai grifados por Issey Miyake ou por Kenzo,
que viraram roupas de pontas assimétricas despencando em direção ao chão e
transpasses feitos sem o auxílio de um manual de instruções.
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Aniversário de Kenzo
leva Paris a uma viagem no tempo
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Os Anos 90, por sua vez, já estão mostrando a primeira de suas caras - alguém
deixou de se lembrar da Calça Fuseau? Aderente, modeladora, faz supor a
necessidade de um corpo de medidas exatas como suporte – mas como convencer
quadris grandes, pernas curtas e coxas grossas que calças compridas mais largas
seriam ideais? E a moda? E a moda?
As Roupas Anos 90 inovaram o figurino de homens e mulheres, fazendo
alguns resgates no âmbito da Moda. Os estilistas tiveram maior liberdade para
fazer suas criações e a irreverência de cores valorizada ao longo da década de
80 foi deixada um pouco de lado.
Moda
Sabem os especialistas, é coisa de ordem
bem diversa. Não existe para aprisionar, mas para libertar, especialmente neste
novo século, em que se questionam tantos dogmas, em todos os campos. Moda é o
que deixa as pessoas bonitas, seguras. Aí, moda é a tradução correta de
elegância.
Ponto de vista
Nas palavras de Pierre Balmain, "elegância é a
arte de se distinguir sem fazer notar".
Nas palavras de outro Pierre
fundamental para a Moda, o Cardin, faz com que "uma Duquesa, às vezes, não
chegue aos pés de sua criada de quarto".
Moda, no fundo, é coisa simples, é a expressão
de um gosto pessoal, reflete um estilo de vida. Estar na Moda é estar de bem
consigo mesmo, sem que pese muito na balança o que está, de fato, na Moda. A Moda
existe para estar a nosso serviço e não o contrário. Moda é atitude e
sabedoria.
Doze anos se passaram do Séc. XXI, mas a mulher e o homem também passaram por uma fase de "personalidade visual",
onde predominou o `gosto` e não mais o 'certo e o errado'. A Moda trabalha o
tempo todo com "tendências" e referências, sejam estas baseadas em anos
anteriores ou até mesmo em inspirações abstratas como a natureza, o tempo ou o
espaço. Enfim, tivemos a releitura de peças e tecidos existentes desde o início
do século.
Na
primeira década do novo Século, a Moda recapitulou o que viveu. Tirou dos Anos
1950 o ladylike, o ar feminino, a cintura marcada. Adicionou com cuidado o
colorido dos Anos 1960. Juntou boas doses da energia trepidante dos 1970 e
salpicou tudo com a ostentação dos anos 1980. Pegou da década passada o
suficiente para untar a forma e deixou acontecer. Foi a grande década das tops
brasileiras, capitaneadas pela ubber model de Gisele Bündchen.
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Toda Linda... Toda Top. Orgulho nacional |
MODA DA DIVRESIDADE
Na
moda dos anos 2000 as botas plataformas voltaram com tudo; mulheres alisaram a
cabeleira; os clubber e emos ganharam atenção; o All Star foi renovado em cores,
estampas e tecidos diferentes (inclusive em couro); tricôs e malhas foram
elevados em pedestais e o Retrô popularizado. O artesanato brasileiro ganhou status e disputa a peso de ouro as passarelas. A silhueta e o decote passaram
por anos de super e baixa valorização - oscilando conforme o ano; os saltos
altos chamados "Luiz VX" ganharam espaço novamente; a maquiagem
variou entre o artístico e o usual.
As Tribos Urbanas
cresceram e algumas passaram a se respeitar e a conviver em um mesmo espaço. O
paradigma de que Moda romântica anos 60 e rockeiros não dividem o mesmo espaço virou
"Moda Out". A juventude hoje está em uma fase de "aceitação
intelectual independente do meu estilo".
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CARIMBADO NA PELE |
Não
podemos esquecer da popularização da Tatuagem onde os nossos avós passaram à
"aceitar" essa arte, e alguns até à apreciar. Na Moda brasileira assistimos
grandes estilistas explorarem as peças construídas, uma espécie de moulage
moderna; sapatos viraram acessórios; esmaltes ditaram as cores da estação;
estampas foram bem vindas e na rua avistamos pessoas de todas as décadas! Do
ano 2000 ao ano 2013 vivemos a Diversidade! Que seja por muito tempo!
CONCLUSÃO